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Os Riscos Médicos da Radiação de Fukushima - Parte I


Enormes quantidades de elementos radioativos, mais do que ninguém tem sido capaz ou disposto a medir, estão sendo liberadas continuamente para o ar e a água desde os vários colapsos no complexo Fukushima Daiichi no Japão (11 de março de 2011).


Este acidente tem enormes implicações médicas. Ele induzirá uma epidemia de câncer, porque as pessoas inalam elementos radioativos, comem comida radioativa, e bebem líquidos radioativos.


Como a radiação do oceano contaminado acumula-se biologicamente na cadeia alimentar, atingindo inclusive as algas marinhas, peixe radioativo será pescado em até milhares de quilômetros da costa japonesa. Quando eles são consumidos, eles vão continuar o ciclo de contaminação, provando que não importa onde você está, todos os principais acidentes nucleares se tornam eventualmente locais.



De acordo com um relatório de 2009, publicado pela Academia de Ciências de Nova York, o acidente nuclear deChernobyl (1986) causou a morte de quase 1 milhão de pessoas, mas isto é apenas a ponta do icebergue, porque grande parte da Europa e, portanto, do alimento lá produzido, permanecerá radioativo por centenas de anos.



Como é que a radiação causa doenças e que tipo de material radioativo encontra-se numa usina nuclear?


1. De acordo com cada versão do estudo efetuado pela Academia Nacional de Ciências, até e incluindo o mais recente de 2007 – Efeitos Biológicos da Radiação Ionizante n. BIER V11 (BIER VII) – não há dose segura de radiação. Cada dose recebida pelo organismo é cumulativa e acrescenta o risco de se desenvolver uma doença genética ou malignidade.


2. As crianças são 10 a 20 vezes mais vulneráveis aos efeitos cancerígenos da radiação do que os adultos. Meninas são duas vezes mais sensíveis do que os meninos e as mulheres são mais sensíveis do que os homens. Os fetos são milhares de vezes mais sensíveis. Um raio-X no abdômen de uma grávida dobra a incidência de leucemia na criança. Pacientes imuno-comprometidos são também extremamente sensíveis. Doses muito altas de radiação recebidas após um derretimento de reator nuclear ou da explosão de uma arma nuclear podem causar doenças agudas de radiação, onde as células do corpo que ativamente se dividem são mortas, causando imediatamente a queda do cabelo, náuseas, diarreia e sangramento.


3. Radiação ionizante de elementos radioativos, e a radiação emitida por máquinas de raio X e tomografia computadorizada, danificam células vivas. Isso pode resultar em câncer. Como? Simplesmente falando, há um gene (uma molécula de DNA) em cada célula chamado de gene regulatório, que controla a taxa de divisão celular. Se esta sequência específica de DNA é atingida por radiação, a célula pode ser morta ou, alternativamente, o gene regulatório pode ser alterado bio-quimicamente. Isto é chamado de mutação. É impossível saber se este dano ocorreu em seu corpo. A célula vai se sentar em silêncio por muitos anos até que um dia, em vez de dividir de forma controlada para formar duas células-filhas, começa a se reproduzir descontroladamente, produzindo trilhões de células. Isso é um câncer. Uma única mutação em um gene único em uma única célula pode matá-lo. Este processo é extremamente acelerado em crianças.


4. O tempo de incubação para leucemia é de cinco a dez anos, mas para cânceres sólidos (como mama, pulmão, tireóide, osso, rim e cérebro) o período de incubação varia de 5 a 80 anos. Todos os tipos de câncer podem ser induzidos por radiação, assim como mais de 6000 doenças genéticas descritas na literatura médica.



Como podemos aumentar o nível de radiação em nosso ambiente por causa de procedimentos médicos, máquinas de raio-x em aeroportos, ou materiais radioativos continuamente escapando de reatores nucleares e depósitos de resíduos nucleares, nós inevitavelmente aumentaremos a incidência de câncer, bem como a incidência de doença genética nas gerações futuras.


Cinco dos elementos radioativos que continuamente estão sendo liberados para o ar e água em Fukushima serão agora descritos. Lembre-se, no entanto, que existem mais de 200 elementos radioativos, cada qual com sua própria meia-vida, característica biológica e caminho na cadeia alimentar e no corpo humano. A maioria nunca teve seus percursos biológicos examinados. Eles são invisíveis, sem gosto ou cheiro.


Quando o câncer se manifesta, é impossível determinar sua causa, mas há um corpo grande da literatura provando que a radiação causa câncer, incluindo dados de Hiroshima e Nagasaki.

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