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Como a Crise na Ucrânia Começou: A Versão Ocidental e a Versão Russa


Há duas versões sobre a mesma crise? Sim. Embora aqui no Brasil se costume reproduzir o que é divulgado na imprensa Ocidental, especialmente nos Estados Unidos, é sempre bom ouvirmos o que o outro lado (normalmente caracterizado como a representação do mal) tem a dizer.


A versão do Ocidente: Protestos públicos que exigiram laços mais estreitos com a União Europeia e a renúncia do Presidente Viktor Yanukovych começaram no final 2013, levando a tumultos civis generalizados e, finalmente, a revolução democrática em 2014. Rússia, impulsionada pelo sentimento contrarrevolucionário na península da Crimeia, efetuou uma intervenção militar e posteriormente anexou a região em um movimento amplamente condenado pela comunidade internacional. Combates entre forças do governo e separatistas pró-Rússia continuam, apesar dos esforços nacionais e internacionais de reduzir a intensidade da crise.


A versão Russa: Depois da rejeição, pela Ucrânia, de um Acordo de Associação com a União Europeia, protestos bem orquestrados surgiram na capital Kiev liderados por forças pró-Ocidentais, nacionalistas e fascistas (neonazistas). O Ocidente – isto é, a União Europeia, a OTAN e os Estados Unidos, este último especialmente através do Departamento de Estado e da CIA – teve um papel vital na violência e caos ocorridos na Ucrânia e também na criação do golpe de Estado que removeu do poder o Presidente democraticamente eleito. O povo da Criméia, em referendo popular democrático e legítimo, exerceu sua autodeterminação decidindo se tornar independente e depois se incorporar à Rússia.


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