Uma Bomba Financeira Explodiu na Guerra das Moedas Nacionais
A China desvalorizou sua moeda, o renminbi (ou Yuan), no percentual mais alto das duas últimas décadas. Até o momento, o Banco Central chinês desvalorizou o Yuan por três dias consecutivos. A medida acarretará o aumento das exportações chinesas e correspondente diminuição das importações, afetando negativamente todos os países que exportam para a China. Por causa do peso da economia chinesa, o movimento cambial repercute também nos mercados de ), mercados cambiais (o Euro se valorizou imediatamente em relação ao Dólar, ao passo que muitas moedas asiáticas se desvalorizaram), mercados de títulos da dívida pública, e no valor das commodities (incluindo os metais preciosos). Curiosamente, países que mantém parte de suas reservas cambiais na moeda chinesa sofrerão também perdas. A (as Bolsas de Hong Kong e de Tóquio, por exemplo, perderam respectivamente 2,38% e 1,58%, e as bolsas europeias e americanas estão em , por exemplo, possui aproximadamente um quarto de suas reservas cambiais denominadas em Yuan.
Euro Lembre-se que a medida do governo chinês é uma das respostas à crise do seu mercado de capitais e ao forte declínio do crescimento da economia chinesa. A China também responde à desvalorização cambial do e do Yen (japonês), promovida por meio da flexibilização (monetária) quantitativa, que acabou valorizando o Yuan em relação a essas duas moedas em mais de 13% desde 2014. Com essa medida, a China restabelece a competitividade dos produtos chineses, e a deflação e baixo crescimento econômico chinês seria assim "exportados" para os outros países, especialmente os países Ocidentais importadores dos produtos chineses, logrando um maior crescimento do seu PIB nesse ano.
A medida cambial certamente resultará em contramedidas a serem tomadas por parte de outras nações, notadamente os países emergentes e asiáticos, com o objetivo de desvalorizar suas moedas em relação ao dólar, yuan e euro, para evitar que a China continue a se aproveitar de uma moeda, e, portanto, de custos de produção, mais baixos nas suas relações comerciais com outros países. O Vietnã, por exemplo, já respondeu com uma desvalorização adicional de sua moeda, o Dong.