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Os Tambores de Guerra Continuam a Tocar - Part IV


A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) irá decidir proximamente se aumentará seu contingente da Força de Reação Rápida de 13.000 para 30.000 homens. O Secretário-Geral da Organização explicou que a proposta seria uma resposta às ações da Rússia. Essa força seria desdobrada em 6 centros de comando, todos situados na Europa do Leste, próximos à fronteira russa.


Os Estados Unidos estão deslocando um esquadrão de aviões da classe A-10 Thunderbolts para uma base aérea na Alemanha, justificando a medida como parte da operação "Resolucão Atlantica", lançada em resposta à alegada ameaça russa .


A Polônia, a Lituânia e a Ucrânia também planejam a criação de uma brigada internacional conjunta. Isto é particularmente alarmante, porque os dois primeiros são membros da OTAN e a Ucrânia está vivenciando num conflito armado interno ou internacionalizado. Corre-se o risco de elementos dessa brigada se envolverem no conflito, o que poderia atrair uma intervenção da OTAN sob a justificativa de que um país membro da OTAN fora atacado.


Nesse meio tempo, o Comandante Geral da OTAN (um general americano) afirmou que o conflito na Ucrânia não exclui a opção militar, e que a OTAN deveria considerar a possibilidade de enviar armas para a Ucrânia. O governo norte-americano está também examinando a possibilidade de fornecer "armas defensivas" para a Ucrânia no valor de 3 bilhões de dólares. Se é que se pode fazer uma distinção entre armas "defensivas" e "ofensivas", essa medida provocará a Rússia a responder na mesma moeda, enviando armas para os rebeldes. Como na Síria, a intervenção externa em favor de uma das partes do conflito somente o agravará, e mais pessoas serão mortas.


A Rússia, por seu turno, informou que colocará seus lançadores móveis de mísseis nucleares balísticos, conhecidos como Topol e Yars em missão de patrulha de combate em 6 regiões diferentes por um período de tempo maior do que inicialmente o previsto.


O único sinal positivo até o momento foi a missão de mediação da líder alemã, Merkel, e do Presidente francês, Hollande, visitando primeiro a Ucrânia e depois a Rússia para discutir os termos de uma possível resolução do conflito na Ucrânia. A missão pode ter indicado o início de uma fissura na posição conjunta dos Estados Unidos e da União Européia a respeito. Ao contrário dos Estados Unidos, a Alemanha, a França e o Reino Unido se mostram contrários ao fornecimento de armas à Ucrânia.



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