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As Consequências Estratégicas da Crise da Ucrânia


Já noticiamos que o Conselho de Cooperação de Xangai (CCX), do qual participam a Rússia, a China e mais 3 países, realizou o maior exercício militar conjunto desde a sua fundação (chamado de "Missão de Paz 2014"). O Conselho expandiu-se também, aceitando o ingresso em 2015 da Índia, Paquistão e Irã (outro país que está sujeito a sanções Ocidentais - além daquelas que foram estabelecidas pelo Conselho de Segurança da ONU). No último encontro dos líderes dos países representados no CCX, o foco dos debates e decisões foram questões de segurança (combate ao terrorismo, extremismo religioso e separatismo nacional; segurança regional na Ásia Central; estabilização do Afeganistão), e atenção foi também dispensada à ameaça oriunda da expansão do sistema de defesa contra mísseis (referência indireta à iniciativa dos Estados Unidos nessa área). Uma das decisões tomadas foi a criação de uma estrutura unificada para o combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas. Esses desenvolvimentos indicam que a organização está assumindo um papel militar e de segurança, além do objetivo de cooperação econômica. Nos termos da Declaração emitida ao final do encontro, os membros da organização "se esforçarão por transformar o Xangai 5 (nome do grupo) numa estrutura regional para a cooperação multilateral em vários campos".


A evolução do CCX, se analisada em conjunto com a Comunidade dos Estados Independentes, a União Econômica da Eurásia, e o grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mostra a formação de centros alternativos de poder que não serão secundários ou subordinados à União Européia ou à OTAN.

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