Sanções contra a Rússia Fortalecem as Relações entre China e Rússia
Ao final de uma visita de 3 dias a Moscou nesse mês de outubro de 2014, o Premier Chinês assinou em nome da China 38 acordos diversos com a Rússia. Os acordos cobriram várias áreas econômicas e financeiras, tais como a venda de gás russo (no valor de 400 bilhões de dólares, um acordo troca de moedas no valor de 24 bilhões de dólares, investimentos chineses nas ferrovias russas no valor de 10 bilhões de dólares, e linhas de crédito chinesas para os bancos russos sob sanção.
A renovada parceria entre os dois países duplicará o valor do comércio bilateral até o ano de 2020, chegando próximo dos níveis de comércio entre a Rússia e a União Européia. Com essas medidas, a Rússia garante um período de sobrevida nas tensas negociações internacionais a respeito da situação da Ucrânia, e reforça a política dos dois países de prosseguir na desdolarização das suas relações comerciais no mundo.
Enquanto isso, a União Européia experimenta o ônus da interdependência ou até vulnerabilidade em suas relações com a Rússia. Trezentos mil empregos na Alemanha dependem diretamente do comércio bilateral do país com a Rússia, e 36% do gás usado pelos Alemães é fornecido pela Rússia. Com a adoção de sanções contra a Rússia, a economia alemã sofreu um inesperado impacto: o PIB decresceu 0.2% no segundo trimestre (a venda de carros caiu 25% e a produçao de bens de capital, quase 9%), levando a Europa a uma terceira recessão desde 2008. A retaliação da Rússia em suspender a importação de alimentos causou imediato impacto nas exportações de muitos países europeus, como a Grécia, França, Espanha e Polônia, diminuindo as expectativas de que novas sanções serão impostas.